sábado, 28 de setembro de 2013

Crítica à Pedagogia do Oprimido

 A pedagogia do opressor.
 Escrito por Sol Stern



Como o mais famoso Teach for America (Ensine pela América), o programa do New York Teaching Fellows (Pessoas da Educação de Nova Iorque) oferece uma rota alternativa para a certificação estadual de cerca de 1700 novos professores anualmente. Quando me encontrei com um grupo de colegas participando das aulas obrigatórias na faculdade de Educação no verão passado, nós começamos a discutir a reforma educacional, mas a conversa logo mudou de foco, com muitos contando uma história de terror depois da outra sobre o seu difícil primeiro ano: salas de aulas caóticas, diretores indiferentes, professores veteranos que raramente ofereciam qualquer tipo de ajuda. Você poderia esperar que as leituras obrigatórias para esses iniciantes esforçados contivessem dicas práticas sobre administração da sala de aula, digamos, ou conselhos sensatos sobre como ensinar estudantes em desvantagem a ler. Em vez disso, um livro que meus colegas tiveram que ler na sua totalidade foi “Pedagogy of the Oppressed” (A pedagogia do oprimido), pelo educador brasileiro Paulo Freire.

Para qualquer pessoa familiarizada com as faculdades de Educação americanas, a escolha não era surpreendente. Desde a publicação da edição americana em 1970, Pedagogy of the Oppressed alcançou status praticamente icônico nos programas de treinamento de professores nos Estados Unidos. Em 2003, David Steiner e Susan Rozen publicaram um estudo examinando o currículo de 16 faculdades de educação – 14 delas entre as melhores do país, de acordo com o U.S. News and World Report – e concluíram que Pedagogy of the Opressed era um dos textos mais frequentemente indicados na disciplina de filosofia da educação. Esses trabalhos disciplinares são, indubitavelmente, parte da razão que, de acordo com o editor, quase 1 milhão de cópias foram vendidas, um número considerável para um livro no campo da educação.

O estranho é que a obra-prima de Freire não trata, no fim das contas, sobre educação – certamente não a educação de crianças. Pedagogy of the Oppressed não menciona nenhuma das questões que inquietaram os reformadores da educação do começo ao fim do século XX: provas, padrões, currículo, a função dos pais, como organizar escolas, que assuntos deveriam ser ensinadas em cada série, como melhor treinar professores, a maneira mais eficaz de ensinar estudantes menos favorecidos. Esse best-seller é, em vez disso, um tratado político utópico para acabar com a hegemonia capitalista e criar sociedades sem classes. Os professores que adotam essas ideias perniciosas arriscam prejudicar seus alunos – e ironicamente, os seus alunos menos favorecidos é que irão sofrer mais.

Para ter uma ideia sobre as prioridades do livro, veja as suas notas de rodapé. Freire não está interessado na tradição ocidental dos principais pensadores da educação – nem Rousseau, nem Piaget, nem John Dewey, nem Horace Mann, tampouco Maria Montessori. Ele cita, em vez disso, um diferente grupo de pensadores: Marx, Lenin, Che Guevara e Fidel Castro, assim como intelectuais radicais como Frantz Fanon, Régis Debray, Herbert Marcuse, Jean-Paul Sartre, Louis Althusser e Georg Lukács. E não é surpresa, dado que a ideia principal de Freire é que a contradição central em toda a sociedade está entre os “opressores” e os “oprimidos” e que a revolução deveria resolver o seu conflito. Os oprimidos são, além disso, destinados a desenvolver uma “pedagogia” que os leva a sua própria liberação.  Aqui, em uma passagem-chave, é como Freire explica o processo emancipatório:

A pedagogia dos oprimidos (é) uma pedagogia a qual deve ser forjada pelos, não para, os oprimidos (indivíduos ou populações) no esforço incessante de recuperar sua humanidade. Essa pedagogia torna a opressão e suas causas objeto de reflexão pelos oprimidos, e dessa reflexão surgirá seu necessário envolvimento no esforço para sua liberação. E, nesse interim, essa pedagogia será feita e refeita.

Como essa passagem deixa claro, Freire nunca pretende que “pedagogia” se refira a qualquer método de instrução de sala de aula baseado em análise e pesquisa, ou a quaisquer meios de produzir maior produção acadêmica aos estudantes. Existem questões mais importantes para ele. Sua teoria idiossincrática de ensino refere somente à crescente conscientização dos trabalhadores explorados e servos que estão “desmascarando o mundo da opressão”. Uma vez que cheguem à compreensão, mirabile dictum, “essa pedagogia não mais pertence aos oprimidos e se torna uma pedagogia de todas as pessoas no processo de liberação permanente”

Raramente Freire expõe sua descrição da luta entre opressores e oprimidos em qualquer sociedade ou período histórico particular, então é difícil para o leitor julgar se o que ele está dizendo faz algum sentido. Nós não sabemos se os opressores que ele condena são banqueiros americanos, latifundiários latino-americanos ou, até mesmo, não perceptíveis autoritários burocratas do sistema educacional. A sua linguagem é tão metafísica e vaga que ele poderia muito bem estar descrevendo um jogo de tabuleiro com dois lados conflitantes, os opressores e os oprimidos. Quando pensando de forma abrangente sobre o conflito geral entre esses dois lados, ele confia na formulação padrão de Marx que “o conflito entre classes necessariamente leva à ditatura do proletariado [e] ela somente constitui a transição  para a abolição de todas as classes, isto é, uma sociedade sem classes”.

Em uma nota de rodapé, Freire menciona uma sociedade que na verdade alcançou “a liberação permanente” que ele almeja: essa “parece ser o aspecto fundamental da Revolução Cultural de Mao”. Os milhões de chineses de todas as classes que sofreram e morreram sob a opressão brutal da revolução poderiam ter discordado.  Freire também oferece aconselhamento profissional para líderes revolucionários, que “devem perseguir a revolução, pela sua natureza criativa e liberalizante, como um ato de amor”. O exemplar de Freire desse amor revolucionário em ação é ninguém menos do que o ícone da rebelião armada de 1960, Che Guevara, que reconheceu que “o verdadeiro revolucionário é guiado por fortes sentimentos de amor”. Freire prefere não mencionar que Che foi um dos mais brutais apoiadores da Revolução Cubana, responsável pela execução de centenas de oponentes políticos.

Depois de tudo isso, a obscuridade pode ser o menor dos problemas do livro, mas é, sem dúvida, interessante mencionar a meditação inicial do livro:

Enquanto o problema da humanização tem sempre, de um ponto de vista axiológico, sido o problema central da humanidade, ele agora se torna um aspecto de inescapável preocupação. A preocupação com a humanização leva, em primeiro lugar, ao reconhecimento da desumanização, não somente como uma possiblidade ontológica, mas como uma realidade histórica. E pela a percepção individual da extensão da desumanização, ele ou ela pode perguntar se a humanização é uma possibilidade viável. Dentro da história, em contextos concretos e objetivos, ambas a humanização e a desumanização são possibilidades para uma pessoa como um ser incompleto consciente de sua incompletude.

Traduzindo grosseiramente: “humanização” é bom e “desumanização” é mau. Oh, nos dias quando as características revolucionárias iam direto ao ponto, assim como: “um espectro está assombrando a Europa”.

Como esse livro derivativo e amador sobre opressão, luta de classes, depredações do capitalismo e a necessidade de revolução acabou sendo confundido com um tratado sobre educação que pode ajudar a resolver os problemas das escolas americanas centrais no século XXI? A resposta a essa questão começa em Pernambuco, um estado pobre do Nordeste do Brasil. Nas décadas de 1950 e 1960, Freire foi um professor universitário e um ativista radical na capital do Estado, Recife, onde ele organizou um programa de alfabetização de adultos para camponeses analfabetos. Dar-lhes cursos intensivos de alfabetização e civismo foi a forma mais eficiente de mobilizá-los a eleger candidatos radicais, Freire percebeu. Sua “pedagogia”, então, começou como uma campanha em busca de votos para obter poder político.

Em 1964, um golpe militar assolou o Brasil. Freire ficou algum tempo na cadeia e foi então exilado para o Chile, onde – inspirado pelo seu trabalho com camponeses brasileiros – ele trabalhou na Pedagogy of the Oppressed. Por isso a insistência do livro que o ensino nunca é um processo neutro e que ele sempre tem um propósito político dinâmico. E, daí também, um dos poucos verdadeiros argumentos pedagógicos do livro: a sua oposição a cobrar dos estudantes qualquer verdadeiro conteúdo acadêmico, o qual Freire despreza como “conhecimento oficial” que serve para racionalizar a inequidade dentro da sociedade capitalista. Um das metáforas mais citadas de Freire repudia a ‘instrução direcionada pelo professor’ como um “conceito bancário”, no qual ‘o escopo da ação permitida aos estudantes só vai até o que é recebido, preenchido e armazenado em depósitos. Freire propõe, em vez disso, que os professores estabeleçam parcerias com seus co-iguais, os estudantes, em um processo “dialógico” e de “resolução de problemas” até que as funções de professor e estudante se fusionem em “professor-estudante” e “estudante-professor”

Depois da publicação da edição em inglês em 1970, Freire recebeu um convite para ser palestrante convidado na Harvard Graduate School of Education, e no decorrer da década seguinte ele encontrou plateias entusiastas nas universidades americanas. Pedagogy of the Oppressed ressonou com educadores progressistas, já comprometidos em uma abordagem com “foco na criança” em vez de “direcionado pelo professor” no que diz respeito ao ensino em sala de aula. A rejeição de Freire ao ensino de conteúdo do conhecimento parecia apoiar a teoria de ensino que era mais popular nas escolas de educação, a qual argumentava que os estudantes deveriam trabalhar colaborativamente na construção de seu próprio conhecimento e que o professor deveria ser “um guia ao lado”, não um “ator no palco”

Em Pedagogy of the Oppressed, Freire listou 10 características-chave do sistema “bancário” de educação que alegava mostrar como ele se opunha aos interesses de estudantes menos favorecidos. Por exemplo, “o professor fala e os estudantes escutam – timidamente”; “o professor escolhe e faz cumprir sua escolha, e os estudantes obedecem”; “o professor disciplina e os estudantes são disciplinados”; e “o professor escolha o conteúdo programático, e os estudantes (que não foram consultados) se adaptam a ele”. As restrições de Freire reforçaram outro acalentado mito da educação progressiva americana – que as lições “orientadas pelo professor” deixam os estudantes passivos e desengajados, levando a maiores taxas de abandono pelas minorias e os pobres. Essa descrição foi mais do que uma caricatura; foi uma completa invenção. No decorrer das ultimas duas décadas, as escolas E.D. Hirsch Core Knowledge provaram mais do que uma vez que não somente o ensino rico em conteúdo aumenta o sucesso acadêmico de crianças pobres em testes padrões mas que aqueles estudantes permanecem curiosos, intelectualmente estimulados e engajados – embora as escolas de educação continuem a ignorar esses sucessos documentados.

Obviamente, a popularidade de Pedagogy of the Oppressed não é somente oriunda de sua teoria educacional. Durante a década de 1970, veteranos dos protestos estudantis e movimento anti-guerra baixaram suas placas e começaram a “longa marcha para dentro das instituições”, obtendo Ph.Ds e entrando nos Departamentos de Ciências Sociais. Uma vez na Universidade, os esquerdistas não poderiam resistir à tentação de incorporar suas políticas radicais (seja Marxistas, feministas, ou racionalistas) na sala de aula. Celebrando Freire como um pensador destacado deu-lhes uma forma poderosa de fazê-lo. Sua declaração na Pedagogy of the Oppressed de que não existia “tal coisa como educação neutra” tornou-se um mantra para professores esquerdistas, que poderiam usar isto para justificar a proselitização em favor de causas antiamericanas nas classes das faculdades.

Aqui e ali, alguns professores esquerdistas reconheceram os perigos ao discurso acadêmico nessa obliteração do ideal da neutralidade. No livro Radical Teacher, o conhecido crítico literário Gerald Graff – ex-presidente da ultra politicamente correta Modern Language Association – discutiu com seus colegas professores, argumentando que “ mesmo que Freire insista na “problematização” em vez da educação “bancária”, o objetivo do ensino para Freire é conduzir os estudantes em direção ao que Freire chama de “uma percepção crítica do mundo’, e parece não haver questionamento que, para Freire, somente o marxismo ou alguma versão de radicalismo de esquerda conta como uma genuína “percepção crítica”. Em outros trabalhos, Graff foi mais fundo na rejeição do modelo freiriano de ensino:

Qual o direito que temos de sermos a autoconsciência política de nossos estudantes? Dada a diferença de poder e experiência entre os estudantes e os professores (mesmo de professores menos favorecidos), os estudantes tem medo justificável de desafiar nossas visões políticas mesmo se implorarmos que o façam...Tornar o principal objetivo do ensino “abrir a mente dos estudantes para ideais esquerdistas, feministas, anti-racistas, homossexuais” e os estimular (bom eufemismo aqui) “a trabalhar por mudança em busca da igualdade” tem sido o erro  do movimento pedagógico liberatório de Freire da década de 1960 até hoje.

Mas o conselho de Graff caiu em ouvidos moucos nas universidades. E não somente a doutrinação em nome da liberação infestou as faculdades americanas, onde estudantes poderiam, pelo menos, escolher as matérias que queriam estudar; por meio de um grupo de professores de educação radicais, a agenda freiriana chegou às classes K-12 (supletivos on-line) também, na forma de um movimento crescente de “educação em busca da justiça social.”  

Como um caso em questão, considere a carreira de Robert Peterson. Peterson começou na década de 1980 como um jovem professor de uma escola de 1º grau no subúrbio de Milwaukee. Ele descreve como ele usou Pedagogy of the Oppressed, procurando alguma forma de aplicar as lições do grande educador radical para seus alunos de 4ª e 5ª séries bilíngues. Peterson percebeu que ele tinha que se distanciar do “método bancário” de educação, no qual “o professor e os textos curriculares tem a “resposta certa” e no qual se espera que os estudantes regurgitem periodicamente”. Em vez disso, ele aplicou a abordagem freiriana, a qual “confia na experiência do estudante...significando desafiar os estudantes a refletir sobre a natureza social do conhecimento e do currículo”. Peterson gostaria de convencê-lo que os seus alunos de quarta e quinta série tornaram-se teoristas críticos, interrogando sobre a “natureza do conhecimento”, como estudiosos júnior da Escola de Frankfurt.

O que verdadeiramente aconteceu foi que Peterson usou a racional freiriana para se tornar “ a consciência política auto-apontada” dos seus alunos.  Depois de uma lição sobre a intervenção americana na América Latina, Peterson decidiu levar as crianças a um protesto contra a ajuda americana aos Contras que opunham os sandinistas marxistas na Nicarágua. As crianças ficaram depois da aula fazenso cartazes:

DEIXEM-OS ADMINISTRAR SEUS PAÍSES

AJUDE A AMÉRICA CENTRAL, NÃO OS MATE

DÊ LIBERDADE AOS NICARAGUENSES

Peterson estava particularmente orgulhoso por um aluno de quarta-série que descreveu o protesto na revista da classe. “Em uma terça-feira chuvosa em abril alguns dos alunos de nossa classe foram protestar contra os Contras”, o aluno escreveu. “As populações na América Central são mais pobres e bombardeadas. Quando nós fomos protestar estava chovendo e parecia que os Contras estavam nos bombardeando.”

Hoje em dia, Peterson é o editor de Rethinking Schools (Repensando Escolas), a principal publicação nacional para educadores de justiça social. Ele é também editor de um livro chamado Rethinking Mathematics: Teaching Social Justice by the Numbers (Repensando a Matemática: ensinando justiça social através dos números), o qual oferece lições de matemática para doutrinação de crianças pequenas sobre os males do racismo e imperialismo dos Estados Unidos. Em parte pelos esforços de Peterson, o movimento pela justiça social na matemática, assim como em outras disciplinas acadêmicas, veio para ficar (veja The Ed Schools’ Latest—and Worst—Humbug,” (As Últimas e Piores Falácias das Faculdades de Educação) – Summer 2006).

Essa obra deixa sua marca em praticamente todas as principais faculdades de Educação do país e possui o apoio de alguns dos maiores nomes do ensino da matemática, incluindo diversos presidentes recentes da American Education Research Association, que possui 25.000 membros, a organização que dá cobertura ao professorado educacional. Suas dezenas de livros pseudocientíficos, revistas acadêmicas, e conferências exaltam os supostos benefícios para as crianças em desvantagem do tipo de ensino que Peterson uma vez infligiu sobre os alunos da quarta-série em Milwaukee.

Para rebater as críticas que o objetivo do movimento é doutrinação política, os educadores de justiça social desenvolveram um aparato acadêmico planejado para retratar o ensino de justiça social como só uma outra razoável abordagem apoiada por “pesquisas”. Por isso, uma recente edição do Teachers College Record da Universidade de Colúmbia (que se auto proclama como “a voz da pesquisa em educação”)  levava o artigo principal, escrito pelo professor de educação de matemática Eric Guttstein, da Universidade de Illinois, reportando os resultados de “uma pesquisa qualitativa de dois anos sobre o estudo da prática do ensino e aprendizagem para a justiça social

A “pesquisa do praticante” consistiu inteiramente da observação própria de Guttstein sobre sua instrução matemática freiriana em uma escola pública de Chicago, concluindo, então, que era um grande sucesso. Parte da evidência foi uma afirmação de um dos seus alunos: “Eu pensava que a matemática era só uma disciplina que nos ensinavam só porque queriam, mas agora eu percebo que você poderia usar a matemática para defender seus direitos e perceber as injustiças ao seu redor”. Guttstein concluiu que “jovens das aulas K-12 são mais do que meros estudantes” – eles são, na verdade, atores na batalha pela justiça social.

Não existe evidência que a pedagogia de Freire tem tido muito sucesso em nenhuma parte do Terceiro Mundo. Nem os regimes preferidos de Freire, como China e Cuba, reformaram suas próprias abordagens “bancárias” da educação, nas quais os estudantes mais brilhantes são controlados, disciplinados, e alimentados com conhecimento de conteúdo em prol dos objetivos nacionais – e a produção de mais administrações industriais, engenheiros e cientistas. Quão perverso é, então, que somente as cidades do interior dos Estados Unidos tenham educadores que são chamados a “liberar” as crianças pobres de uma imaginária “opressão” e as recrutar para uma revolução que nunca chegará?

As ideias de Freire são perigosas não somente para os estudantes, como também para os professores responsáveis pela sua educação. Um amplo consenso está emergindo entre reformadores educacionais que a melhor oportunidade de aumentar o desempenho acadêmico das crianças das escolas do interior é aumentar dramaticamente a efetividade dos professores selecionados para tais escolas. Melhorar a qualidade dos professores como uma forma de reduzir a diferença entre o sucesso racial é o principal foco da agenda educacional do presidente Barack Obama. Mas se a qualidade dos professores é agora o nome do jogo, desafia-se a racionalidade que Pedagogy of the Oppressed ainda ocupa em um lugar destacado nos cursos de treinamento para aqueles professores, que irão certamente aprender nada sobre como se tornar melhores instrutores de suas desacreditadas platitudes marxista.

Na era de Obama, finalmente, parece completamente inaceitável encorajar os professores do interior a levar a sério a agenda política freiriana. Se existe qualquer mensagem política que aqueles professores devem levar aos seus estudantes, é uma melhor articulada pelo nosso maior escritor afro-americano, Ralph Ellison, que afirmou que ele buscava nos seus escritos “ver os Estados Unidos com atenção à sua rica diversidade e sua magica fluidez e liberdade...confrontando as iniquidades e brutalidades de nossa sociedade de cabeça erguida, apesar de tudo, projetando imagens de esperança, fraternidade humana e auto-realização individual”.

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Tradução de Matheus Pacini. Revisão de Ronaldo Bassit. In Blog Reaçonaria de Leonardo Lopes

"Quando se politiza o discurso sobre o processo ensino-aprendizagem acontece o engessamento, próprio da políticas públicas!!!! ( Grace Teles )


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